1 de abril de 2010

Amou-nos até o fim

Na Quinta feira santa, iniciamos o TRÍDUO PASCAL,
o tempo mais sagrado do ano litúrgico e da vida do cristão .
Na Liturgia de hoje, brotam quatro realidades:

- a EUCARISTIA,
- a COMUNIDADE ECLESIAL, onde ela acontece...
- o SACERDÓCIO, que a perpetua através dos tempos...
- e o AMOR FRATERNO, é o espírito que deve animá-la...


1. A Eucaristia ou a Ceia do Senhor:
como memorial de sua gloriosa paixão e morte.
Nela, Cristo é o Cordeiro Pascal da nova Aliança, prefigurada na ceia Pascal do Antigo Testamento.


2. A Comunidade eclesial, a Igreja, como comunhão
de todos os cristãos, onde a Eucaristia se torna realidade.
"A Eucaristia se realiza na Igreja
e a Igreja se realiza na Eucaristia". (João Paulo II)



3. O Sacerdócio ministerial
dos Presbíteros, instituído por Jesus na ceia juntamente com a eucaristia, com o mandamento: "fazei isto em memória de mim", para torná-la possível na Igreja através dos tempos e em todos os lugares.
Uma pessoa humana... com suas limitações...
a serviço do povo de Deus, para guiar, evangelizar e santificar...


4. O Mandamento do amor fraterno:
Cristo nos alerta que ele não está presente apenas na hóstia consagrada, mas também onde houver um gesto de amor fraterno:
"Este é o meu mandamento:
amem uns aos outros como eu os amei".


1ª Leitura: Apresenta a história da 1ª Páscoa dos hebreus.
(Ex 12.1-8.11-14)
- Marca o início de uma nova era, o tempo da libertação.
"Este mês será para vocês o começo dos meses, será o 1º mês do ano". Inicia-se vida nova. Chegou a Libertação.

- Para a inauguração dessa nova era, requer-se PARTILHA:
"Se a família for pequena... convidará também o vizinho próximo..."
- É um fato que visa à PRESERVAÇÃO DA VIDA:
O Sangue do cordeiro preservará a vida dos primogênitos...
- É um fato da MEMÓRIA HISTÓRICA:
- Ervas amargas: passado desastroso...
- Pão sem fermento: às pressas...
- Preparados para um longa viagem...

Na 2ª Leitura: Paulo faz a primeira narrativa da ÚLTIMA CEIA de Jesus com os Apóstolos, instituindo a Eucaristia, que é a memória permanente da morte e ressurreição de Jesus. (1Cor 11,23-26)
O Evangelho lembra a narração da Última Ceia e o Lava-pés.
(Jo 13,1-15)
João introduz com uma frase muito significativa:
"Tendo amado os seus... amou-os até o fim...”
O amor exige presença e convivência.
Por isso, Cristo nos amando, criou um meio de conviver conosco: foi a Eucaristia.
+ O Lava pés era sinal de hospitalidade e acolhida.
Deixar-se lavar os pés significa participar da comunhão com Deus realizada por Jesus Cristo através de sua vida, morte e ressurreição.
- "Dei-vos o exemplo...": Amar como Ele nos amou.
- "Fazei isto em MEMÓRIA de mim..."
Não só com a renovação do rito da Ceia...
mas também na atitude de servir com amor ao irmão...
- "Vós estais limpos, mas nem todos...":

- O que significa para nós... a operação "Lava-pés" iniciada por Jesus?

A ordem do mundo atesta que Deus existe.
Mas a Eucaristia atesta que Ele nos ama.

Na celebração da eucaristia, não basta conhecer o que Ele disse,
precisa celebrar o que Ele celebrou.

A nossas vida deve ser sinal da presença de Deus no mundo de hoje...

Que o gesto do lava-pés, que agora realizaremos,
repetindo o gesto de Jesus, nos relembre que não é apenas um rito de purificação, mas tem um sentido mais profundo:
O pão e o vinho são sinais de uma vida, doada por amor até o fim.
Seguindo esse caminho, somos chamados a viver o amor fraterno.

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